PPBio reforça transparência e impacto no apoio a negócios inovadores da Amazônia
Novo guia vai auxiliar startups apoiadas em prestação de contas com a Suframa
Texto e fotos: Imprensa Idesam/Henrique Saunier
O Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), coordenado pelo Idesam, avançou mais um passo para aprimorar a transparência na gestão de recursos destinados ao fomento de negócios inovadores na Amazônia. Durante o lançamento do novo Guia de Prestação de Contas, foram anunciadas atualizações que prometem consolidar uma prestação de contas mais eficiente, alinhada às orientações da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
De acordo com Karol Barbosa, coordenadora de projetos do PPBio, o guia visa não apenas melhorar o acompanhamento técnico e financeiro dos projetos e o evento de lançamento também promoveu conexões entre as iniciativas apoiadas. “Essa etapa é importante, pois nós do Idesam, como coordenadores, somos responsáveis pelo acompanhamento técnico e financeiro dos projetos. Assim, conseguimos prestar contas da política pública de forma mais eficiente para a Suframa e fomentar a troca de experiências e soluções entre os projetos prioritários”, explicou.
Atualmente, o PPBio apoia 43 projetos distribuídos nos cinco estados da Amazônia Ocidental e Amapá, em diversas cadeias de valor da Amazônia, como açaí, tucumã e reflorestamento. Esse apoio é viabilizado por recursos oriundos da Lei de Informática, que obriga as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) a investirem em projetos de P&D. Os programas prioritários são o modo facilitado das empresas do PIM cumprirem esta obrigação anual. Para muitas startups, adaptar-se a essas exigências legais pode ser um desafio, mas também uma oportunidade de crescimento.
Negócios reforçam importância do PPBio
A startup Amazon BioFert é um exemplo do impacto do PPBio no ecossistema de bioeconomia. A empresa transforma resíduos, como caroços de açaí, em bioinsumos para solos amazônicos, além de explorar outros materiais, como castanha e cupuaçu. Segundo Thiago Monteiro, representante da startup, o programa foi essencial para o desenvolvimento tecnológico da iniciativa. “O PPBio vem contribuindo significativamente na nossa tecnologia, melhorando nosso processo produtivo e elevando nosso patamar”, destacou.
Outro exemplo é a Ecoporé, que, com o apoio do PPBio, desenvolve projetos de etnoturismo na comunidade Paiter Suruí. Pí Suruí, ativista indígena, enfatizou a importância desse suporte financeiro. “Sem dinheiro a gente não faz nada, e eles acreditaram no nosso potencial. Nosso projeto é formado integralmente por pessoas do povo Paiter Suruí, promovendo o turismo presencial e virtual”, pontuou.
A Suframa também destacou a relevância dessas mudanças para o fortalecimento das políticas públicas. Para Taynara Tenório, coordenadora de articulação tecnológica substituta, o novo guia representa um marco. “A prestação de contas consolidada permite compreender como está a política dos programas prioritários, além de medir o impacto gerado na economia e na sociedade como um todo”, afirmou.